Tragédia em Itaperuna; adolescentes planejaram dar corpos aos porcos, mãe de menina seria alvo
Por MRNews
Tragédia em Itaperuna: adolescentes planejam crime brutal e chocam o país
A tragédia ocorrida em Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro, continua a repercutir em todo o Brasil. O caso, que envolve um adolescente de 16 anos acusado de matar os próprios pais e o irmão caçula de apenas 3 anos, teve um novo desdobramento: a apreensão da namorada do jovem, uma adolescente de 15 anos, no estado do Mato Grosso. A jovem teria instigado e ajudado no planejamento do crime.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, os dois adolescentes mantinham um relacionamento virtual há cerca de seis anos, sendo que o namoro se intensificou no último ano. A investigação aponta que, motivados pela frustração de não conseguirem se encontrar pessoalmente, os dois passaram a arquitetar os assassinatos. A menina, inclusive, teria pressionado o namorado a agir, ameaçando terminar o relacionamento caso ele não fosse visitá-la.
A brutalidade do crime chocou até mesmo os investigadores. Em coletiva de imprensa, o delegado Carlos Guimarães revelou que o casal chegou a cogitar métodos para se livrar dos corpos, incluindo a ideia de alimentar porcos com os restos mortais das vítimas. Eles trocavam mensagens pelo Instagram, discutindo o passo a passo da ação criminosa. Após os assassinatos, o garoto chegou a enviar fotos dos corpos à namorada, que teria comemorado o ato e dito que agora só faltava matar a própria mãe.
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O crime ocorreu no dia 21 de junho. O jovem esperou que os pais adormecessem e, utilizando uma arma registrada no nome do pai – que era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) – efetuou os disparos. A arma e o treinamento para seu uso, segundo a polícia, eram dados pelo próprio pai. Em seguida, os corpos foram escondidos em uma cisterna na casa da família.
A avó e um tio do adolescente estranharam o desaparecimento dos familiares e acionaram a polícia. Ao chegarem ao local, os agentes sentiram um forte odor e localizaram os corpos. O menor foi apreendido e conduzido ao Degase (Departamento Geral de Ações Sócio Educativas) no Rio, onde responderá por atos infracionais análogos a triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Durante as investigações, descobriu-se que o adolescente ainda planejava sacar R$ 33 mil do FGTS do pai. Com esse dinheiro, pretendia comprar passagens para se encontrar com a namorada no Mato Grosso. A intenção era forjar uma autorização de viagem, simulando consentimento dos pais para sua ida ao outro estado.
Apesar das acusações, a garota nega envolvimento direto. Em seu depoimento, admitiu que sabia do crime, que conversava com o namorado durante as ações e que chegou a dar sugestões, mas nega ter incentivado ou instigado os homicídios.
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A comunidade de Itaperuna está em estado de choque. Vizinhos relataram que o jovem sempre foi educado, inteligente e jamais demonstrou qualquer traço de comportamento violento. A tragédia levantou preocupações sobre o uso e acesso a armas de fogo por menores, além da influência negativa que certos conteúdos da internet e relacionamentos tóxicos podem ter sobre adolescentes.
O caso reacende o debate sobre a responsabilidade dos pais, o papel das redes sociais na vida de jovens e os limites da liberdade individual em um cenário de crescente violência e negligência emocional. A manipulação psicológica exercida pela adolescente sobre o namorado, segundo a polícia, foi fator determinante para o desfecho trágico.
Enquanto as autoridades seguem com o processo judicial, a sociedade observa com perplexidade mais uma demonstração de como a combinação de vulnerabilidade emocional, falta de supervisão e acesso a armas pode resultar em um crime hediondo. A dor da família e da comunidade é imensurável, e o caso serve de alerta para a necessidade urgente de políticas públicas que reforcem a segurança, o acolhimento e o acompanhamento psicológico de jovens em situação de risco.
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Tragédia em Itaperuna
Na madrugada de sábado, 21 de junho de 2025, um adolescente de 14 anos é acusado de assassinar a mãe Inaila Teixeira (37 anos), o pai Antônio Carlos Teixeira (45), e o irmão mais novo, Antônio Filho (3), na cidade de Itaperuna, no Noroeste Fluminense
Arma do pai e tentativa de ocultação
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o jovem utilizou a arma do próprio pai para cometer o crime enquanto todos dormiam. Após os disparos, ele teria escondido os corpos dos familiares dentro de uma cisterna localizada no quintal da residência, em clara tentativa de ocultar os corpos ().
A busca pelo rastro da família
Dois dias após o ocorrido, o adolescente e sua avó compareceram à delegacia para registrar o desaparecimento das vítimas. Somente na manhã de quarta-feira (25 de junho) a perícia identificou manchas de sangue no imóvel e sinais de tentativa de queimar vestígios, concedendo evidências para os investigadores (.br).
Confissão e enquadramento legal
Confrontado pelos policiais, o jovem confessou os três homicídios e a tentativa de ocultação dos cadáveres. Ele será responsabilizado através de ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver (.br).
Reflexões e impactos
- Perfil e motivação: Segundo investigação preliminar, o crime teria sido motivado por um desentendimento doméstico: os pais teriam impedido o adolescente de viajar para outro estado para um “encontro”.
- Repercussões legais: A legislação brasileira prevê que adolescentes nessa idade não respondem criminalmente como adultos, mas podem ser submetidos a medidas socioeducativas, que podem incluir internação em centros especializados.
- Choque comunitário: O caso provocou comoção em Itaperuna, levando à amplas discussões sobre a segurança na guarda de armas em residências e a necessidade de atenção psicológica em contexto escolar e familiar.
Este episódio integra o crescimento alarmante de parricídios, casos em que filhos matam pais, e geralmente envolve portadores de transtornos mentais. Como estudo recente revela, a maioria desses crimes é cometida por jovens do sexo masculino, muitos com histórico de sofrimento psíquico (veja.abril.com.br).
Este é um relato triste que escancara falhas estruturais — acesso a armas, suporte familiar deficiente e falta de prevenção a crises adolescentes. A comunidade local e as autoridades agora buscam respostas e meios para evitar tragédias semelhantes.